Como ajudar pets com problemas articulares?

Assim como nós, cães e gatos podem ter dor no pescoço, problemas na lombar, rigidez nas articulações do cotovelo, do quadril, da coluna, etc…

Quando pensamos em problemas de articulações em pets costumamos pensar em animais já velhinhos. Esses quadros também podem acometer cães e gatos jovens?

Nos pets em idade sênior e já idosos os quadros articulares geralmente advêm do “desgaste de peças” mesmo. E aí estamos falando de artrose, que é a degeneração da cartilagem. Mas esses processos podem acontecer em qualquer idade, porque os fatores que causam essas doenças podem ser hereditários ou adquiridos. Hereditários seria herdado de pais ou avós e adquiridos seria no caso de um trauma, acidente ou em consequência de desgaste, atividade física muito elevada no caso de animais de alto desempenho atlético, efeitos adversos de medicamentos como corticoides, ou idade. A displasia coxofemural ou displasia de quadril, por exemplo, pode aparecer até em filhotes, por questões hereditárias. Eu tive uma cadela da raça Golden Retriever que foi diagnosticada com uma forma grave dessa doença quando tinha apenas 4 meses de vida.

É verdade que algumas raças de cães e gatos são mais propensas a apresentarem problemas articulares?

Sim, apesar de poder aparecer em qualquer pet, independente de raça. Mas os cães que possuem características anatômicas que deformam a sua conformação, como as raças de coluna longa e perninhas curtas, como Teckel e Corgi, e os buldogues franceses e ingleses, são bastante predispostos a males de coluna como a chamada “hérnia de disco”, na qual ocorre o desgaste de estruturas que amortizam o impacto entre as vértebras. Outras raças que eu destacaria são o Pastor Alemão, o Rottweiler, o Golden Retriever, o Labrador e o Border Collie, muito propensas à degeneração das articulações do quadril, cotovelo e ombro.

E como o tutor pode identificar esse quadro no pet? É sempre bastante evidente, como um cão ou gato que passa a mancar, por exemplo?

Não, nem sempre. Há casos em que o animal manifesta seu desconforto diminuindo bastante a disposição para passeios e atividade física. O gato começa a fazer xixi fora do lugar, por exemplo, por não conseguir mais subir sobre o móvel para usar a caixa de areia quando ela fica no alto. Alguns cães “travam” e simplesmente não conseguem caminhar normalmente, quadro muito frequente em buldogues franceses. Alguns cães com displasia coxofemural “rebolam” muito porque a articulação do quadril está frouxa. Há animais que lambem ou mordiscam as articulações que estão incomodando. E há casos, inclusive, onde não vemos nenhuma manifestação de desconforto ou dor e que descobrimos por acaso, ao fazer um exame de radiografia que mostre o quadril ou a coluna, por exemplo. Para investigar, diagnosticar e ver um tratamento para controle dos sintomas e retardo da velocidade de progressão desses quadros o tutor deve procurar o médico-veterinário, de preferência um profissional experiente ou especializado em ortopedia ou reabilitação.

Há como ajudar o pet que já apresenta algum quadro articular?

É importante frisar que esses quadros tendem a ser crônicos e são degenerativos, ou seja, tendem a ir se agravando com o tempo. Mas há muito, muito mesmo, que podemos fazer para deixar nossos pets mais confortáveis. Acupuntura, laserterapia e a ozonioterapia são modalidades terapêuticas que ajudam a controlar a dor e a inflamação, a fisioterapia vai fortalecer a musculatura perdida, lubrificar as articulações e reequilibrar a postura, evitando danos compensatórios a outras articulações. Exercícios de baixo impacto, como hidroesteira, também ajudam a recuperar músculos sem prejudicar as articulações. Medicamentos naturais, os nutracêuticos, como curcumina, condroitina, glucosamina e colágeno hidrolizado, podem ser administrados regularmente e ajudam a amenizar o desgaste e a incentivar o reparo dos tecidos das articulações – consulte sempre o médico veterinário do seu pet para que ele te ajude a montar um protocolo de cuidados individualizado, levando em conta as características do seu cão ou do seu gato.

E, para ajudar a prevenir o aparecimento precoce de problemas articulares, eu citaria duas medidas fundamentais e gratuitas que cabem aos tutores: permanência do pet em piso aderente, para evitar derrapadas e escorregões que prejudicam tendões, ligamentos e articulações, e manutenção do animal em um peso saudável.

 

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